Palavra do Presidente
Artigo 001/set2011
As Realidades
As notícias se multiplicam e nos fazem estarrecer. Parece que estamos num estado de estupor, de anestesiados e paralisados com tudo o que ocorre ao nosso redor.
O valor da vida é medido por avaliações pessoais, sistêmicas, sentimentais e incorretas que se traduzem em violências, abusos, descasos e homicídios, fazendo com a pessoa seja absorvida na correnteza dessas águas incontroláveis.
Desde o ambiente acadêmico científico até o mercado de trabalho, as pessoas são vistas como nada mais que um conjunto de células ambulantes organizadas pelo acaso, como um objeto de estudo ou como consumidores dentro do “sistema” maior chamado de “sociedade”.
Os indivíduos vivos e pensantes, com sonhos e anseios são apenas um número no coletivo social. Gente “sem face”, sem propósito existencial, sem nomes, somente “alguém”. Mas tudo isso foge à realidade que se vê no dia-a-dia.
A “realidade” pura e simples é: cada indivíduo ou pessoa que está mergulhado nesse mar multipopulacional ou multicultural tem características próprias, sentimentos dos mais diversos, idealizações de vida diferentes e respostas sociais que o difere de seus “outros semelhantes”.
Quero dizer com isso que temos diante de nós o maior de todos os desafios sociais: tratar cada pessoa na sua inteireza e integridade humana como alguém digno de seus direitos humanos mais básicos e caminhar ao seu lado na busca por benefícios permanentes que lhe coloquem no “trilho” do seu desenvolvimento pessoal constante.
Carlos Carvalho
Setembro de 2011